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Disbiose e SIBO: entenda as causas, sintomas e tratamentos

Disbiose intestinal e SIBO causam inchaço, gases e dor abdominal. Entenda as diferenças, diagnóstico e tratamentos eficazes com coloproctologista em Curitiba.

PorDra. Ana Luiza Moraes Rocha
5 min de leitura

Quando a microbiota perde o equilíbrio, o intestino responde com inchaço, gases e desconforto que não devem ser ignorados.

A disbiose intestinal e o SIBO (Supercrescimento Bacteriano do Intestino Delgado) são condições cada vez mais reconhecidas como causas de inchaço abdominal, gases, dor e alterações no hábito intestinal. Esses distúrbios estão relacionados ao desequilíbrio da microbiota intestinal, que desempenha papel fundamental na digestão, na imunidade e até na regulação do humor.

Neste artigo, a Dra. Ana Luiza, coloproctologista em Curitiba, explica as diferenças entre disbiose e SIBO, os sintomas mais comuns, métodos de diagnóstico e opções de tratamento eficazes.


O que é a disbiose intestinal?

A disbiose é o desequilíbrio entre as bactérias benéficas e prejudiciais que vivem no intestino. Quando há redução das bactérias boas e aumento das espécies nocivas, o funcionamento intestinal é comprometido, levando a sintomas que vão além do aparelho digestivo.

Causas mais comuns de disbiose:

  • Uso prolongado de antibióticos, laxantes ou antiácidos;
  • Alimentação pobre em fibras e rica em ultraprocessados;
  • Estresse crônico e privação de sono;
  • Infecções intestinais prévias;
  • Doenças intestinais inflamatórias;
  • Alterações hormonais e metabólicas (como diabetes).

A disbiose pode ser um fator agravante em condições como síndrome do intestino irritável (SII), doenças inflamatórias intestinais e até distúrbios metabólicos.


O que é o SIBO?

O SIBO (do inglês Small Intestinal Bacterial Overgrowth) significa supercrescimento bacteriano no intestino delgado. Normalmente, essa porção do intestino contém poucas bactérias — mas, quando elas se multiplicam em excesso, fermentam os alimentos precocemente, gerando sintomas intensos e desconfortáveis.

Causas mais frequentes:

  • Alterações na motilidade intestinal (como no diabetes ou na SII);
  • Cirurgias abdominais prévias;
  • Uso prolongado de inibidores de ácido gástrico;
  • Alterações anatômicas (aderências, estenoses, divertículos);
  • Disbiose intestinal não tratada.

Sintomas de disbiose e SIBO

Os sintomas podem se confundir entre as duas condições, por isso o diagnóstico correto é essencial:

  • Distensão abdominal e sensação de "barriga estufada";
  • Gases em excesso e arrotos frequentes;
  • Dor ou cólicas abdominais;
  • Alterações do hábito intestinal (diarreia, constipação ou alternância entre ambas);
  • Fezes pastosas, brilhantes ou com odor forte;
  • Fadiga, ansiedade e dificuldade de concentração;
  • Intolerância alimentar e má digestão.

Como é feito o diagnóstico?

A avaliação clínica detalhada é fundamental, mas o diagnóstico pode incluir exames específicos:

1. Teste do Hidrogênio Expirado (Breath Test)

É o exame mais utilizado para diagnóstico de SIBO. O paciente ingere uma substância (geralmente glicose ou lactulose), e a quantidade de hidrogênio e metano exalados no ar expirado é medida ao longo de algumas horas.

A presença precoce desses gases indica fermentação bacteriana no intestino delgado.

2. Exames laboratoriais e de fezes

Podem avaliar a presença de inflamação, má absorção e alterações na microbiota.

3. Colonoscopia e biópsia intestinal

Indicadas apenas quando há suspeita de doenças estruturais, inflamatórias ou neoplásicas.


Tratamento da disbiose e do SIBO

O tratamento deve ser individualizado, considerando a causa e o perfil de cada paciente.

1. Ajustes alimentares

  • Dietas de baixa fermentação (low FODMAP) podem ajudar a reduzir gases e desconforto.
  • A reintrodução gradual dos alimentos deve ser feita com acompanhamento médico e nutricional.

2. Modulação intestinal

Uso de probióticos e prebióticos selecionados conforme o tipo de disbiose e a resposta clínica. Esses produtos ajudam a restaurar o equilíbrio da microbiota e melhorar a função intestinal.

3. Antibióticos seletivos (como rifaximina)

Usados no tratamento de SIBO sob prescrição médica, com o objetivo de reduzir a carga bacteriana no intestino delgado. Em alguns casos, associa-se a fitoterápicos com ação antimicrobiana leve.

4. Tratamento das causas de base

  • Controle de doenças como diabetes, hipotireoidismo e SII;
  • Reeducação alimentar e manejo do estresse;
  • Correção de deficiências nutricionais (como vitamina B12 e ferro).

O sucesso do tratamento depende da abordagem multidisciplinar e do acompanhamento contínuo com o coloproctologista.


Relação entre disbiose e SIBO

Muitas vezes, a disbiose intestinal é o ponto de partida para o desenvolvimento do SIBO. Quando o equilíbrio da microbiota do cólon é comprometido, bactérias podem migrar para o intestino delgado, favorecendo o supercrescimento bacteriano.

Por isso, tratar a disbiose é essencial para evitar recidivas do SIBO e restaurar a função digestiva normal.


Quando procurar um coloproctologista em Curitiba

Procure avaliação médica se você apresenta:

  • Inchaço abdominal frequente e gases em excesso;
  • Intolerâncias alimentares recorrentes;
  • Diarreia, constipação ou alternância entre ambas;
  • Sintomas persistentes mesmo após mudanças na dieta.

Um coloproctologista em Curitiba poderá investigar a causa, solicitar exames específicos e propor um plano de tratamento completo e personalizado.


Conclusão

A disbiose e o SIBO são condições complexas, mas tratáveis. Com diagnóstico preciso, ajuste alimentar e acompanhamento médico adequado, é possível restaurar o equilíbrio intestinal e aliviar os sintomas de forma duradoura.

Se você sofre com inchaço abdominal, gases ou desconforto digestivo, agende uma consulta com a Dra. Ana Luiza, proctologista em Curitiba, e descubra a causa do seu problema com segurança e cuidado especializado.


Dra. Ana Luiza Moraes Rocha
Médica Coloproctologista
CRM-PR 45351 | RQE 36221
Especialista em Coloproctologia

Este conteúdo tem caráter educativo e não substitui a consulta médica. Procure sempre orientação profissional para diagnóstico e tratamento adequados.